Accessibility Tools
Rio de Janeiro, maio de 2025 — A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), por meio de seu Programa de Engenharia Nuclear (PEN/COPPE) e do Departamento de Engenharia Nuclear (DNC/UFRJ), teve expressiva participação no NT2E 2025 – uma das mais importantes feiras de negócios e inovação tecnológica do setor nuclear no Brasil, promovida pela ABDAN (Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares).
Realizado no ExpoMag, no Rio de Janeiro, o evento reuniu representantes de empresas nacionais e internacionais, órgãos reguladores, universidades e centros de pesquisa para debater os rumos da energia nuclear em um contexto de transição energética, sustentabilidade, saúde e inovação industrial. A programação incluiu painéis com CEOs, minicursos técnicos, workshops e sessões institucionais com foco em oportunidades de negócios, financiamento e desenvolvimento de capital humano.
A UFRJ foi representada por docentes, pesquisadores e alunos de graduação, mestrado e doutorado e pesquisadores de pós doutorado que participaram ativamente das discussões, apresentaram projetos de pesquisa e interagiram com lideranças do setor público e privado. A presença da universidade em eventos como o NT2E reforça seu papel de protagonismo na formação de recursos humanos qualificados e na produção de conhecimento estratégico para o país.
“Participar do NT2E é uma oportunidade única de inserção direta no cenário atual do setor nuclear brasileiro. Trazemos nossos alunos para que vejam de perto os desafios e as soluções em andamento, e também para que construam redes com empresas e instituições que poderão ser suas futuras parceiras ou empregadoras”, afirma o professor Alan Miranda, coordenador do PEN/COPPE-UFRJ.
Entre os temas discutidos, destacaram-se reatores modulares pequenos (SMRs), segurança e regulação, aplicação da radiação na saúde e indústria, tecnologias emergentes e sustentabilidade ambiental — todos eixos de forte interface com as pesquisas em andamento na UFRJ. Alunos do programa também participaram como ouvintes, voluntários e expositores, contribuindo com projetos voltados à simulação computacional de reatores, gestão de resíduos radioativos, desenvolvimento de materiais avançados e políticas públicas para energia nuclear.
Para a UFRJ, estar presente no NT2E é mais do que uma vitrine: é parte de sua missão institucional de colaborar com o desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil, especialmente em áreas de alta complexidade como a nuclear. Eventos como este fortalecem a articulação entre universidade, governo e setor produtivo, impulsionando a inovação, a empregabilidade e a soberania tecnológica nacional.
O setor nuclear brasileiro viveu um momento de reconhecimento e prestígio com a cerimônia do Prêmio Líderes da Energia 2025, realizada nesta segunda-feira (20), no Palácio Tangará, em São Paulo. A premiação, promovida pelo Grupo Mídia e pela plataforma Full Energy, consagrou iniciativas que têm impulsionado o desenvolvimento energético nacional com excelência, inovação e compromisso público. Três protagonistas se destacaram com força simbólica e institucional: a AmAZUL, a ABEN e a NUCLEP.
Entre elas, a AmAZUL (Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.) ocupou lugar de honra ao ser reconhecida por sua atuação estratégica no ecossistema nuclear. Vinculada à Marinha do Brasil, a AmAZUL é a maior empregadora de engenheiros nucleares do país, o que a torna uma peça-chave na retenção de talentos altamente qualificados e no combate à histórica fuga de cérebros que tanto ameaça setores de alta especialização. Seu compromisso com a formação de recursos humanos, a inovação tecnológica e a soberania nacional é, hoje, referência para toda a América Latina.
A premiação foi também um tributo ao papel essencial da comunicação institucional no setor nuclear, personificado de maneira brilhante por Thais Acatauassu, Gerente Geral de Comunicação da NUCLEP. Eleita na categoria Comunicação e Marketing, Thais tem se destacado por sua habilidade única de traduzir a complexidade da energia nuclear em mensagens acessíveis, sensíveis e impactantes. Com rara competência, ela alia profundidade técnica, visão estratégica e um profundo senso de responsabilidade social, tornando-se uma das principais vozes da nova geração que projeta o setor nuclear brasileiro para o futuro.
Não se trata apenas de comunicar: Thais inspira, mobiliza e conecta. Sua atuação vai além das fronteiras corporativas, reforçando a credibilidade da NUCLEP e contribuindo de maneira decisiva para o fortalecimento da imagem pública da energia nuclear no Brasil.
A premiação à ABEN (Associação Brasileira de Energia Nuclear), por sua vez, reafirma o valor da articulação institucional em torno da ciência e da tecnologia nuclear. Sob a liderança do presidente Carlos Henrique Silva Seixas, a entidade tem promovido a integração entre profissionais, universidades, órgãos reguladores e empresas, estimulando o debate técnico e as políticas públicas em torno do uso seguro, pacífico e estratégico das tecnologias nucleares.
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), por meio de seu curso de Engenharia Nuclear — o mais longevo do país —, celebra com entusiasmo essa conquista tripla. A universidade tem o privilégio de cooperar ativamente com essas instituições em projetos acadêmicos, científicos e institucionais, e reconhece em Thais Acatauassu, na AmAZUL e na ABEN exemplos notáveis de liderança, competência e compromisso com o Brasil.
Neste momento simbólico, o Prêmio Líderes da Energia 2025 não apenas enaltece instituições, mas honra trajetórias que engrandecem o presente e iluminam o futuro do setor nuclear brasileiro.

A Nuclep e a Associação Brasileira de Energia Nuclear (ABEN) foram anunciadas como vencedoras do Prêmio Líderes da Energia 2025, promovido pela Full Energy e pelo Grupo Mídia. O reconhecimento destaca o trabalho de excelência desenvolvido por ambas as instituições na promoção da energia nuclear no cenário nacional.
A Nuclep foi premiada na categoria Comunicação e Marketing, resultado direto dos esforços em comunicação estratégica, articulação institucional e valorização do setor nuclear. A premiação será recebida pela jornalista Thaís Acatauassu, que lidera as ações de comunicação da empresa.
Já a ABEN foi reconhecida como Entidade Setorial de Destaque, em reconhecimento ao seu papel ativo na promoção do conhecimento e do debate qualificado sobre energia nuclear no Brasil. O prêmio será entregue ao Almirante Seixas, que representa a entidade na cerimônia.
A entrega dos troféus ocorre nesta segunda-feira (20), no Palácio Tangará, em São Paulo, e reúne os principais nomes do setor energético brasileiro.
A conquista reforça o compromisso da Nuclep e da ABEN com o fortalecimento da presença da energia nuclear no debate energético nacional, demonstrando que a comunicação eficaz e a articulação institucional são fundamentais para o avanço do setor
Na manhã desta quinta-feira (22), o NT2E promovido pela ABDAN, recebeu o painel “Da academia para a indústria”, realizado das 9h às 10h30. O encontro integrou a programação do terceiro dia do evento e reuniu especialistas para debater um dos principais gargalos do setor nuclear: a formação, capacitação e retenção de mão de obra qualificada.
O painel foi moderado por Caroline Alves da Costa, presidente da FAPERJ, e contou com a participação de nomes de destaque no setor, incluindo o Prof. Giovanni Laranjo, vice-coordenador do Programa de Engenharia Nuclear (PEN) da COPPE/UFRJ, que trouxe importantes reflexões sobre a transição do conhecimento acadêmico para a aplicação prática na indústria.
Durante sua apresentação, o Prof. Giovanni destacou a importância de consolidar pontes entre universidades, centros de pesquisa e o setor produtivo, enfatizando que a inovação tecnológica no setor nuclear só será sustentável com investimentos consistentes em formação de pessoas. Ele abordou ainda os desafios enfrentados pelas instituições de ensino para formar profissionais com competências técnicas e multidisciplinares capazes de atuar em um setor altamente regulado e em constante evolução.
Além do Prof. Giovanni, participaram do painel:
• Wallace Valory, coordenador do Instituto Militar de Engenharia (IME), que abordou a importância da formação técnica de excelência para a segurança operacional do setor;
• Daniela Cerqueira, especialista da CNEN, que trouxe perspectivas sobre a transferência de conhecimento e o papel da inovação regulatória;
• Matt Lowe, conselheiro econômico da Embaixada dos EUA no Brasil, que compartilhou a experiência internacional em políticas de fomento à capacitação no
setor nuclear;
• Marcelo Zuffo, coordenador do Inova USP, que falou sobre o papel das universidades públicas como catalisadoras de inovação tecnológica.
O painel evidenciou a necessidade de criar políticas integradas de educação, pesquisa e inovação, voltadas para o fortalecimento do setor nuclear brasileiro. A conversa reforçou a urgência de estratégias que envolvam não apenas os ambientes acadêmicos e institucionais, mas também a iniciativa privada, que precisa estar ativamente engajada no processo de absorção e desenvolvimento de talentos.
O NT2E segue com programação intensa em seu último dia, promovendo o diálogo entre ciência, indústria e políticas públicas para impulsionar o desenvolvimento tecnológico nacional.
Créditos: Nathalie Gaioti
Foto: Gabriely Carvalho

Foto 1 (capa): da esquerda pra direita
• Luciana Lopes, assessora da Diretoria Científica da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ);
• Wallace Valory, coordenador do Instituto Militar de Engenharia (IME);
• Marcelo Zuffo, coordenador do Inova USP;
• Daniela Cerqueira, especialista da CNEN;
• Matt Lowe, conselheiro econômico da Embaixada dos EUA no Brasil;
• Giovanni Laranjo de Stefani, Vice-Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Nuclear Coppe/UFRJ e Chefe de Departamento da Engenharia Nuclear da Escola Politécnica /UFRJ.

Foto 2:
• Wilson Calvo, Diretor PID CNEN;
• Francisco Rondinelli Jr., Presidente da CNEN;
• Alan Miranda Monteiro de Lima, Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Nuclear Coppe/UFRJ e Vice-chefe da Graduação em Engenharia Nuclear;
• Nathalie Gaioti, doutoranda em Engenharia Nuclear;
• Alessandro Facuri , Diretor de Radioproteção e Segurança da CNEN;
• Giovanni Laranjo de Stefani, Vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Nuclear Coppe/UFRJ e Chefe da Graduação em Engenharia Nuclear;
• Maria de Lurdes Moreira, chefe do Serviço de Engenharia e Tecnologia de Reatores no IEN.

Foto 3:
• Luciana Lopes, assessora da Diretoria Científica da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ);
• Wallace Valory, coordenador do Instituto Militar de Engenharia (IME);
• Marcelo Zuffo, coordenador do Inova USP;
• Daniela Cerqueira, especialista da CNEN;
• Matt Lowe, conselheiro econômico da Embaixada dos EUA no Brasil;
• Giovanni Laranjo de Stefani, Vice-Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Nuclear Coppe/UFRJ e Chefe de Departamento da Engenharia Nuclear da Escola Politécnica /UFRJ.
Em maio de 2025, a Rosatom — corporação estatal de energia atômica da Rússia — comemora 80 anos de contribuição à indústria nuclear global e 10 anos da criação do Centro Regional da Rosatom para a América Latina, sediado no Rio de Janeiro. Essa trajetória é marcada por avanços tecnológicos, inovação científica e uma atuação crescente em países parceiros, como o Brasil.
A presença da Rosatom no Brasil vai além do campo energético: representa uma aliança estratégica em prol do uso pacífico da energia nuclear, da formação de recursos humanos altamente qualificados e da promoção de iniciativas educacionais e acadêmicas alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Tecnologia, Segurança e Inovação para o Futuro Energético
Com atuação consolidada em mais de 50 países, a Rosatom é referência global no desenvolvimento de tecnologias nucleares de ponta, incluindo reatores de grande escala, reatores modulares pequenos (SMRs), aplicações médicas, soluções para resíduos radioativos e tecnologias de fusão. No Brasil, o Centro Regional da Rosatom para a América Latina tem desempenhado um papel essencial na construção de pontes institucionais, transferência de conhecimento e apoio a projetos estratégicos.
Nesse cenário, o Brasil encontra na energia nuclear uma fonte complementar, confiável e de baixas emissões de carbono, fundamental para a transição energética sustentável. O histórico técnico da Rosatom soma-se à expertise nacional em áreas como reatores de pesquisa, ciclo do combustível, proteção radiológica e segurança regulatória, criando sinergias para o desenvolvimento de soluções conjuntas.
Educação como Pilar da Cooperação Bilateral
A atuação da Rosatom no Brasil tem se destacado também pelo forte apoio à formação acadêmica e à capacitação científica de jovens profissionais. Por meio de parcerias com universidades brasileiras — em especial a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) — a corporação tem contribuído para seminários, projetos de extensão e ações voltadas à educação nuclear.
Nos últimos anos, a Rosatom tem sido uma parceira ativa da Seção Estudantil de Engenharia Nuclear (SEEN/UFRJ), responsável pela organização do Seminário Internacional de Energia Nuclear (SIEN), evento anual que reúne estudantes, pesquisadores, especialistas e representantes da indústria para debater os rumos e os desafios do setor. Criado em 2011, junto à fundação do curso de Engenharia Nuclear da UFRJ, o SIEN tornou-se um dos mais importantes fóruns de diálogo técnico e discente da área.
A empresa também apoia atividades de popularização científica como o Quiz Atômico do TINS – Tecnologia e Inovação no Setor Nuclear, coordenado pela Professora Inayá Corrêa Barbosa Lima, docente do Departamento e do Programa de Engenharia Nuclear da UFRJ e ex-coordenadora da pós-graduação do PEN/COPPE/UFRJ. A atividade tem papel importante na formação lúdica e crítica de estudantes, estimulando o interesse pelas aplicações pacíficas da tecnologia nuclear.
Professor Fábio Krikitine: Articulação Brasil–Rússia com Excelência
A construção dessas pontes institucionais tem sido fortalecida pela atuação do Professor Fábio Krikitine, da Engenharia de Produção da UFRJ, que atua como coordenador do programa Brasil–Rússia na UFRJ. Sua atuação proativa tem sido fundamental para o fortalecimento dos acordos de cooperação com a Rosatom, facilitando tratativas diplomáticas, articulações interinstitucionais e intercâmbios científicos.