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No próximo dia 25 de novembro, a ABEN (Associação Brasileira de Energia Nuclear) realizará a 3ª edição do evento “Múltiplas Aplicações da Energia Nuclear e das Radiações”, que acontecerá no centro do Rio de Janeiro. O tema central será o desenvolvimento brasileiro de microrreatores nucleares, uma tecnologia emergente com potencial para transformar a matriz energética nacional.
Os microrreatores nucleares (MRNs) são reatores compactos e modulares, capazes de gerar de 1 a 5 megawatts (MW). No Brasil, o projeto prevê o uso dessas unidades para abastecer pequenas cidades, hospitais, indústrias e regiões remotas, oferecendo uma fonte de energia limpa, contínua e com alta segurança.
A iniciativa reúne diversas instituições nacionais, como a CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear), o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/CNEN), o Instituto de Engenharia Nuclear (IEN/CNEN), universidades federais e empresas de tecnologia. Um ponto importante do projeto é que ele não se baseia apenas em tecnologia importada: há um esforço para desenvolver internamente o microrreator, com materiais e combustível nacionais.
O evento da ABEN visa não apenas debater os aspectos técnicos, mas também promover o diálogo entre academia, indústria, governo e reguladores. A expectativa é fortalecer a base científica e tecnológica para que o Brasil avance de forma segura e sustentável na era dos microrreatores nucleares, contribuindo para uma matriz energética mais resiliente e com baixa emissão de carbono.
Fonte: ABEN
A Secretaria Naval de Segurança Nuclear e Qualidade (SecNSNQ), vinculada à Marinha do Brasil, e a Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN), ligada ao Ministério de Minas e Energia, celebraram, no dia 10 de novembro de 2025, em Itaguaí (RJ), o primeiro Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre as instituições. A iniciativa tem como objetivo fortalecer a regulação da área nuclear no Brasil, por meio do intercâmbio de informações, experiências e boas práticas, promovendo maior integração entre as competências da regulação nuclear naval, sob responsabilidade da SecNSNQ, e da regulação nuclear terrestre, exercida pela ANSN.
O acordo representa um marco decisivo para a cooperação entre os órgãos reguladores do país, reforçando a segurança, a transparência e a eficiência do sistema nuclear nacional. Segundo o Almirante de Esquadra (Reserva) Petronio Augusto Siqueira de Aguiar, Secretário Naval de Segurança Nuclear e Qualidade, “a união de esforços, apesar das nossas independências funcionais, permitirá o fortalecimento do sistema regulatório nacional e o aprimoramento da cultura de segurança nuclear brasileira”.
O Acordo de Cooperação Técnica estabelece cinco metas prioritárias: aprimorar a normatização e regulação por meio de eventos, workshops e documentos técnicos; definir interfaces regulatórias para padronizar áreas de atuação; capacitar recursos humanos por meio de programas de formação e aperfeiçoamento técnico; convergir ações voltadas à regulação do preparo e resposta a emergências radiológicas e nucleares; e promover apoio técnico e computacional mútuo para avaliação de segurança, inspeção e salvaguardas.
De acordo com o Diretor-Presidente da ANSN, Dr. Alessandro Facure, a parceria simboliza um avanço importante na consolidação da governança nuclear nacional. “A interlocução entre as duas instituições é essencial para consolidar um sistema nacional de segurança nuclear robusto e coerente, evitando sobreposições de competências e ampliando a troca de informações e boas práticas. Este acordo simboliza a maturidade e a responsabilidade com que o Brasil trata o tema nuclear, em consonância com os mais elevados padrões internacionais”, destacou.
Com vigência inicial de cinco anos, o ACT poderá ser prorrogado por termo aditivo e prevê a elaboração de relatórios conjuntos de resultados, reforçando o compromisso das instituições com a transparência e a eficiência regulatória. A formalização do acordo marca o início de uma nova etapa de cooperação técnica e institucional, consolidando o Brasil como referência em segurança e governança nuclear.
Presentes à cerimônia estiveram Dr. André Quadros (ANSN), Dra. Flávia Cristina (ANSN), Almirante de Esquadra (Reserva) Petronio (SecNSNQ), Dr. Alessandro Facure (ANSN), Vice-Almirante (Reserva) Humberto (COGESN), Dr. Ailton Dias (ANSN), Contra-Almirante (Reserva) Bastos (GEM-18 - COGESN) e Dr. Cyro Maestre Y Dutra (ANSN)
Fonte: agência gov
O Brasil marcou presença com grande representatividade na World Nuclear Exhibition (WNE) 2025, o maior evento mundial do setor nuclear, consolidando sua posição de destaque no cenário internacional. O stand Brasil reuniu autoridades, empresas e instituições de referência, como Amazul, Atech, Diamante e INB, demonstrando a força e a integração do país na promoção do uso pacífico e sustentável da energia nuclear.
A participação brasileira ganhou ainda mais relevância com a visita dos principais representantes da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) ao espaço nacional, reconhecendo o avanço e a importância das iniciativas desenvolvidas pelo Brasil na área.
O prestígio internacional foi reforçado pela presença do ex-ministro Bento Albuquerque, figura de destaque na consolidação da política nuclear brasileira, e pela matéria publicada na revista oficial do evento, que ressaltou o protagonismo do Brasil e o trabalho articulado pela ABDAN junto às empresas que representa.
Com essa participação marcante, o Brasil reafirma seu comprometimento com a inovação, a segurança e o desenvolvimento sustentável no campo da energia nuclear, consolidando-se como um dos principais atores globais do setor.
O Programa de Submarinos da Marinha do Brasil (PROSUB25) realizará, no dia 26 de novembro, um importante evento que marca novas conquistas em prol da defesa e da soberania nacional.
A cerimônia acontecerá no Complexo Naval de Itaguaí (RJ) e contará com duas entregas de destaque: a Mostra de Armamento do Submarino Tonelero e o lançamento ao mar do Submarino Alte Karom.
Essas etapas representam avanços significativos na consolidação da capacidade estratégica do país no setor de defesa, reforçando o compromisso da Marinha com a modernização da Força Naval e o fortalecimento da indústria nacional.
Data: 26 de novembro
Local: Complexo Naval de Itaguaí
A Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN) realizou, na quinta-feira (30), uma visita técnica ao Complexo Termoelétrico Jorge Lacerda, em Capivari de Baixo (SC), com o objetivo de avaliar o potencial de aproveitamento da infraestrutura existente para futuras aplicações com pequenos reatores modulares (SMRs), uma tecnologia inovadora em estudo no cenário internacional.
Os SMRs representam uma nova geração de reatores nucleares voltados à geração elétrica segura, eficiente e de baixo impacto ambiental. Durante a visita, a comitiva da ANSN acompanhou apresentações técnicas, percorreu áreas operacionais e discutiu aspectos gerais sobre o conceito de reaproveitamento de instalações termoelétricas para eventual implantação desses reatores, em linha com experiências já analisadas em outros países.
O diretor-presidente da ANSN, Alessandro Facure, destacou que as discussões estão em estágio inicial e não envolvem qualquer procedimento de licenciamento:
“Estamos conhecendo as instalações e debatendo possibilidades técnicas. Não se trata de um processo de licenciamento, mas de uma discussão preliminar sobre uma alternativa que já vem sendo estudada no mundo — a de aproveitar estruturas de termoelétricas convencionais para abrigar pequenos reatores modulares.”
Também participaram da visita o diretor de Instalações Nucleares e Salvaguardas (DINS), Ailton Fernando Dias, o coordenador-geral de Reatores, Daniel Palma, e o chefe de Gabinete, Ricardo Guterres.
A iniciativa faz parte dos esforços da ANSN para acompanhar tendências tecnológicas e debates internacionais sobre novas gerações de reatores nucleares, reforçando o compromisso da Autoridade com a inovação, a segurança e o desenvolvimento sustentável do setor nuclear brasileiro.
Fonte: Gov.br