Accessibility Tools
A Sociedade Brasileira de Proteção Radiológica (SBPR) vem a público esclarecer informações apresentadas na recente reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo, sobre a mineração de urânio em Caetité (BA). Como entidade comprometida com a segurança radiológica, reforçamos a importância de que esse debate seja pautado em dados técnicos precisos e baseados na ciência.
• Falta de Equilíbrio na Reportagem
Causa estranhamento que a matéria não tenha ouvido a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), principal autoridade reguladora no Brasil para segurança nuclear e radiológica. A ausência desse contraponto compromete a imparcialidade da reportagem e impede que o público tenha uma visão equilibrada sobre o tema.
• Segurança e Controle Regulatório
A mineração de urânio no Brasil segue protocolos rigorosos, atendendo a normas nacionais e internacionais. A Indústrias Nucleares do Brasil (INB) realiza monitoramentos constantes para garantir que não haja riscos à população ou ao meio ambiente.
• Diálogo Aberto e Informação Técnica
A SBPR reafirma seu compromisso com a transparência e a ciência. Acreditamos que um debate técnico, incluindo a CNEN, ajudaria a esclarecer equívocos e evitar temores infundados. Destacamos, por exemplo, que não há estudos científicos que comprovem a relação entre o câncer e a radioatividade natural em Caetité.
A SBPR segue à disposição para contribuir com informações qualificadas e incentivamos a imprensa a buscar especialistas antes de divulgar conteúdos que possam gerar desinformação. E a Engenharia Nuclear da UFRJ apoia e reforca o compromisso com a verdade.
Clique AQUI para ler a Nota Oficial de Esclarecimento da SBPR!
O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) se reunirá no próximo dia 18 de fevereiro para deliberar sobre o projeto da usina nuclear Angra 3, uma iniciativa que promete impactar significativamente o setor energético e econômico do Rio de Janeiro. Durante os depoimentos, representantes da área nuclear enfatizaram a importância estratégica da usina para o estado.
Francisco Rondinelu, presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), destacou a segurança na operação das usinas e a gestão adequada dos rejeitos radioativos, reafirmando o compromisso com a proteção ambiental. Raul Lycurgo, representante da Eletronuclear, ressaltou que a construção de Angra 3 poderá gerar mais de 5 mil empregos diretos e 15 mil indiretos, além de garantir a operação da usina por até 100 anos, promovendo emprego e desenvolvimento na região.
Carlos Henrique Seixas, da NUCLEP, afirmou que a usina é crucial para fortalecer a indústria nacional, enquanto Júlio Lopes, da Frente Parlamentar Nuclear (FPN), apresentou um estudo que projeta um impacto econômico de até 150 bilhões de reais, a partir de um investimento de 30 bilhões. Adauto Seixas, das Indústrais Nucleares do Brasil (INB), destacou que o ICMS gerado pelas usinas deverá trazer cerca de 250 milhões de reais ao estado a cada recarga.
Com investimentos bilionários, Angra 3 é considerada uma fonte estratégica de energia limpa, contribuindo para a descarbonização e o desenvolvimento econômico do Brasil. A Secretaria de Energia e Economia do Mar, liderados pelo governador Cláudio Castro, reforçaram a urgência do retorno imediato das obras de Angra 3, enfatizando seu papel vital no futuro energético do país.
Veja AQUI o vídeo completo dos representantes da área nuclear!
Fonte: SEENEMAR/RJ
O professor Alan de Lima, coordenador do Programa de Engenharia Nuclear da COPPE/UFRJ, enfatizou a urgência em retomar as obras da usina nuclear de Angra 3. Segundo ele, o Brasil enfrenta uma escolha crucial: investir bilhões para concluir a usina ou perder esse investimento. Com a capacidade de gerar 1,3 gigawatt de energia limpa e segura por 40 anos, Angra 3 pode fortalecer significativamente o sistema elétrico nacional.
A academia tem defendido a continuidade das obras, argumentando a favor da diversificação da matriz energética brasileira e da necessidade de investimentos em fontes de energia limpa e sustentável. Especialistas ressaltam que, uma vez concluída, a usina nuclear contribuirá para a geração de energia elétrica de forma estável, reduzindo a dependência de fontes intermitentes, como hidrelétricas durante períodos de seca e energias eólica e solar.
Além disso, a conclusão de Angra 3 é vista como um passo estratégico para o avanço tecnológico do país, podendo gerar empregos qualificados e fortalecer a indústria nacional. A energia nuclear, quando operada com rigorosos padrões de segurança, é considerada uma alternativa viável para a redução das emissões de gases de efeito estufa, alinhando-se aos compromissos globais de combate às mudanças climáticas.
Com a crescente demanda por energia e a necessidade de soluções sustentáveis, a decisão sobre Angra 3 se torna cada vez mais relevante para o futuro energético do Brasil.
Assista AQUI o vídeo completo do professor Alan de Lima!
Fonte: FPN
O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM-MCTI) está com inscrições abertas para a CNPEM-IBM School Sustainable Materials & AI.
O objetivo da escola é treinar estudantes e pesquisadores em novas tecnologias de inteligência artificial, aplicadas ao desenvolvimento de materiais sustentáveis.
A CNPEM-IBM School Sustainable Materials & AI acontecerá entre os dias 7 e 9 de abril em Campinas-SP.
Prazo para as inscrições: 21/02/2025
Saiba mais AQUI.
Hoje, 11 de fevereiro, celebramos o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, uma data criada pela Unesco para incentivar a presença feminina neste campo tão importante. A COPPE/UFRJ tem o orgulho de destacar suas alunas de mestrado e doutorado, em especial as talentosas Mayara Francisca Reis de Souza e Ludimila Silva Salles de Sá, mestrandas, e Giovanna Resende, graduada, que foram contempladas pelo Marie Sklodowska-Curie Fellowship Program.
Confira a última participação das alunas Mayara Francisca Reis de Souza e Ludimila Silva Salles de Sá na cerimônia na sede da Comissão Nacional de Energia Nuclear AQUI!
Essas jovens cientistas estão mostrando que a força feminina está cada vez mais presente no mundo da ciência e da tecnologia. O trabalho e a dedicação de Giovanna, Mayara e Ludimila não apenas contribuem para inovações significativas na Engenharia Nuclear, mas também inspiram novas gerações a seguir seus passos.
A ciência é feita por todas e para todas, e é fundamental que continuemos a apoiar e celebrar as conquistas das mulheres neste campo!
Fonte: COPPE UFRJ