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A Nuclep e a Associação Brasileira de Energia Nuclear (ABEN) foram anunciadas como vencedoras do Prêmio Líderes da Energia 2025, promovido pela Full Energy e pelo Grupo Mídia. O reconhecimento destaca o trabalho de excelência desenvolvido por ambas as instituições na promoção da energia nuclear no cenário nacional.
A Nuclep foi premiada na categoria Comunicação e Marketing, resultado direto dos esforços em comunicação estratégica, articulação institucional e valorização do setor nuclear. A premiação será recebida pela jornalista Thaís Acatauassu, que lidera as ações de comunicação da empresa.
Já a ABEN foi reconhecida como Entidade Setorial de Destaque, em reconhecimento ao seu papel ativo na promoção do conhecimento e do debate qualificado sobre energia nuclear no Brasil. O prêmio será entregue ao Almirante Seixas, que representa a entidade na cerimônia.
A entrega dos troféus ocorre nesta segunda-feira (20), no Palácio Tangará, em São Paulo, e reúne os principais nomes do setor energético brasileiro.
A conquista reforça o compromisso da Nuclep e da ABEN com o fortalecimento da presença da energia nuclear no debate energético nacional, demonstrando que a comunicação eficaz e a articulação institucional são fundamentais para o avanço do setor
Em maio de 2025, a Rosatom — corporação estatal de energia atômica da Rússia — comemora 80 anos de contribuição à indústria nuclear global e 10 anos da criação do Centro Regional da Rosatom para a América Latina, sediado no Rio de Janeiro. Essa trajetória é marcada por avanços tecnológicos, inovação científica e uma atuação crescente em países parceiros, como o Brasil.
A presença da Rosatom no Brasil vai além do campo energético: representa uma aliança estratégica em prol do uso pacífico da energia nuclear, da formação de recursos humanos altamente qualificados e da promoção de iniciativas educacionais e acadêmicas alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Tecnologia, Segurança e Inovação para o Futuro Energético
Com atuação consolidada em mais de 50 países, a Rosatom é referência global no desenvolvimento de tecnologias nucleares de ponta, incluindo reatores de grande escala, reatores modulares pequenos (SMRs), aplicações médicas, soluções para resíduos radioativos e tecnologias de fusão. No Brasil, o Centro Regional da Rosatom para a América Latina tem desempenhado um papel essencial na construção de pontes institucionais, transferência de conhecimento e apoio a projetos estratégicos.
Nesse cenário, o Brasil encontra na energia nuclear uma fonte complementar, confiável e de baixas emissões de carbono, fundamental para a transição energética sustentável. O histórico técnico da Rosatom soma-se à expertise nacional em áreas como reatores de pesquisa, ciclo do combustível, proteção radiológica e segurança regulatória, criando sinergias para o desenvolvimento de soluções conjuntas.
Educação como Pilar da Cooperação Bilateral
A atuação da Rosatom no Brasil tem se destacado também pelo forte apoio à formação acadêmica e à capacitação científica de jovens profissionais. Por meio de parcerias com universidades brasileiras — em especial a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) — a corporação tem contribuído para seminários, projetos de extensão e ações voltadas à educação nuclear.
Nos últimos anos, a Rosatom tem sido uma parceira ativa da Seção Estudantil de Engenharia Nuclear (SEEN/UFRJ), responsável pela organização do Seminário Internacional de Energia Nuclear (SIEN), evento anual que reúne estudantes, pesquisadores, especialistas e representantes da indústria para debater os rumos e os desafios do setor. Criado em 2011, junto à fundação do curso de Engenharia Nuclear da UFRJ, o SIEN tornou-se um dos mais importantes fóruns de diálogo técnico e discente da área.
A empresa também apoia atividades de popularização científica como o Quiz Atômico do TINS – Tecnologia e Inovação no Setor Nuclear, coordenado pela Professora Inayá Corrêa Barbosa Lima, docente do Departamento e do Programa de Engenharia Nuclear da UFRJ e ex-coordenadora da pós-graduação do PEN/COPPE/UFRJ. A atividade tem papel importante na formação lúdica e crítica de estudantes, estimulando o interesse pelas aplicações pacíficas da tecnologia nuclear.
Professor Fábio Krikitine: Articulação Brasil–Rússia com Excelência
A construção dessas pontes institucionais tem sido fortalecida pela atuação do Professor Fábio Krikitine, da Engenharia de Produção da UFRJ, que atua como coordenador do programa Brasil–Rússia na UFRJ. Sua atuação proativa tem sido fundamental para o fortalecimento dos acordos de cooperação com a Rosatom, facilitando tratativas diplomáticas, articulações interinstitucionais e intercâmbios científicos.
A COPPE/UFRJ está na liderança de um estudo pioneiro sobre a viabilidade do uso de Pequenos Reatores Modulares (SMRs) em plataformas de petróleo, uma tecnologia que pode revolucionar a geração de energia offshore no Brasil. O projeto, coordenado pelo professor Aquilino Senra, do Programa de Engenharia Nuclear, busca alternativas mais limpas e eficientes para a transição energética no setor de óleo e gás.
O estudo, desenvolvido em parceria com a Petrobras, analisa uma possível substituição das turbinas a gás atualmente usadas em alto-mar por SMRs, visando a redução das emissões de carbono. A proposta inclui a criação de hubs híbridos — que combinariam energia nuclear e fontes renováveis — capazes de alimentar múltiplas plataformas em um raio de 30 km.
Segundo o professor Aquilino Senra, embora ainda não haja decisão da Petrobras para implantar reatores modulares, o estudo considera essa e outras opções sustentáveis. “A Petrobras ainda não planeja implantar SMRs, mas está avaliando essa e outras fontes limpas, como a eólica e a solar, para descarbonizar suas operações offshore”, explicou.
O professor também destacou os principais entraves: “A tendência de crescimento da energia nuclear é enorme no curto prazo, e precisamos nos preparar para ela. Contudo há desafios que precisam ser superados para que os SMRs atendam as expectativas para geração de energia elétrica em áreas remotas e fora do sistema integrado nacional”.
Entre os desafios citados por Senra estão os custos, a adaptação dos SMRs para diferentes demandas de carga, a formação de empresas especializadas em operação desses reatores e a criação de um arcabouço regulatório adequado.
A COPPE reafirma, assim, seu protagonismo na pesquisa e inovação em energia nuclear no Brasil, promovendo discussões estratégicas e colaborando com soluções que poderão impactar positivamente o futuro energético do país.
Leia a matéria completa AQUI.
Fonte: COPPE UFRJ
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A Jabarra convida profissionais do setor de óleo e gás para o IV Workshop NORM, que acontece no dia 5 de junho, das 8h00 às 17h30, no Rio Othon Palace.
O evento é uma oportunidade única para discutir os principais desafios e soluções relacionados aos materiais radioativos de ocorrência natural (NORM) na indústria de óleo e gás. Com uma programação rica e envolver vários especialistas, o workshop promete promover troca de conhecimentos e networking.
Data: 05 de Junho
Horário: 08:00 às 17:30
Local: Rio Othon Palace - Av. Atlântica, 3264, Copacabana, Rio de Janeiro
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A participação é gratuita, porém exclusiva para convidados.
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