Uma inovação desenvolvida pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), unidade da CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) em São Paulo, está transformando a preservação de obras de arte no Brasil. A técnica pioneira, que une ciência e arte, utiliza radiação ionizante para restaurar esculturas de madeira policromada em avançado estado de degradação, como no caso da escultura de São Jerônimo, pertencente ao acervo do Palácio dos Bandeirantes.
A tecnologia se baseia na cura de resinas poliméricas por radiação gama, permitindo a consolidação estrutural da madeira sem comprometer sua aparência original. O método, coordenado pelo pesquisador Pablo Vasque e com restauração feita por Adriana Pires, representa um avanço significativo na conservação de bens culturais frágeis.
Entre os principais benefícios da técnica em relação aos métodos convencionais estão a alta penetração da radiação, que alcança áreas internas sem necessidade de intervenção invasiva; a ausência de catalisadores químicos, evitando reações indesejadas; a proteção duradoura contra fungos, insetos e umidade; e a preservação integral do valor estético e histórico da obra.
Reconhecida durante o ICARST 2025 (International Conference on Applications of Radiation Science and Technology), a técnica reforça o protagonismo do Brasil no uso pacífico da tecnologia nuclear, sobretudo na área de conservação do patrimônio cultural.
Saiba mais AQUI
Fonte: Instagram CNEN










