Às vésperas da COP30, que será realizada pela primeira vez no Brasil, o debate sobre o papel da energia nuclear na transição energética ganha força. Diante do avanço das emissões e das limitações das fontes intermitentes, associações nucleares de todo o mundo defendem que não há transição verde sem a inclusão dessa tecnologia.

Mais de 30 nações apoiam o compromisso de triplicar a capacidade nuclear mundial até 2050, meta considerada viável pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Atualmente, 440 reatores produzem 9% da eletricidade mundial e 23% da energia limpa, evitando 70 gigatoneladas de CO₂ nas últimas décadas. Mantida a expansão, outras 90 gigatoneladas poderão ser evitadas até 2050.

O Brasil, anfitrião da conferência, desponta como exemplo, com Angra 1 e Angra 2 entre as usinas mais eficientes do mundo e a retomada das obras de Angra 3. O país também avança com o reator multipropósito, programas de irradiação de alimentos e medicina nuclear, e o fortalecimento de cadeias produtivas de alta tecnologia.

Essas iniciativas reforçam o papel do Brasil como líder em sustentabilidade, soberania e inovação. A mensagem é clara: a transição energética depende da diversidade tecnológica, do planejamento de longo prazo e da cooperação internacional. Incorporar a energia nuclear de forma estratégica é essencial para garantir um futuro justo, seguro e duradouro.

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Fonte: Poder360