Desde a década de 1950, bacharéis em física têm desempenhado um papel fundamental na formação e no desenvolvimento dessa área estratégica para o país. O marco inicial ocorreu em 1958, quando o Instituto Militar de Engenharia (IME) criou o primeiro curso de pós-graduação em Engenharia Nuclear no Brasil. O objetivo era capacitar profissionais para atender às emergentes demandas do setor nuclear nacional.
Na década de 1970, a COPPE/UFRJ estabeleceu seu renomado Programa de Engenharia Nuclear, responsável por formar líderes e especialistas de destaque na área, consolidando o Brasil como uma referência na ciência nuclear.
Destaque também para Elisa Frota Pessoa, uma das primeiras mulheres a se formar em física no Brasil. Pioneira na pesquisa em emulsões nucleares, ela contribuiu significativamente para o avanço da física nuclear no país, quebrando barreiras de gênero e incentivando novas gerações de cientistas.
A física nuclear é essencial para compreender a estrutura dos núcleos atômicos e as reações nucleares. Suas aplicações vão desde a geração de energia até a medicina nuclear, demonstrando sua relevância para o desenvolvimento tecnológico e a saúde pública.
Em homenagem a esse legado, o Senado Federal realizou uma sessão solene presidida pelo senador Marcos Pontes, reunindo autoridades, pesquisadores e personalidades históricas da ciência brasileira. O evento foi dedicado a debater os desafios atuais e as futuras propostas para fortalecer a ciência no Brasil, reforçando a importância de investimentos contínuos em ciência, tecnologia e inovação.
Durante a solenidade, especialistas destacaram a necessidade de colaborações internacionais, a ampliação de bolsas de estudo para estudantes do ensino médio e o retorno do prêmio Jovem Cientista. Também foi discutida a proteção de tecnologias estratégicas, como as ligadas às terras raras.
Além de homenagear figuras emblemáticas como Elisa Frota Pessoa e Elisa Baggio-Saitovitch, a cerimônia recordou nomes que marcaram a projeção internacional do Brasil, como Ronald Cintra Shellard e Rogério C. de Cerqueira Leite, reconhecendo suas contribuições para o avanço científico do país—inclusive a entrada do Brasil no CERN.
A sessão reforçou a urgência de fortalecer a ciência brasileira através de políticas públicas sólidas e de uma educação de qualidade. Como afirmou Rodrigo Capaz (SBF), mudanças no ensino médio e o fortalecimento do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) são essenciais para garantir um futuro promissor à ciência nacional.
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Fonte: CBPF