A Eletronuclear recebeu, no último dia 24, a Autorização para Operação Permanente da Unidade de Armazenamento Complementar a Seco de Combustível Irradiado (UAS), concedida pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen). A autorização tem validade de 40 anos e pode ser prorrogada, representando um avanço significativo em relação à Autorização de Operação Inicial obtida pela empresa em 2021.
Projetada para armazenar de forma segura o combustível nuclear, a UAS foi concebida para receber o combustível utilizado nas usinas de Angra 1 e 2. A unidade poderá receber até 72 módulos (Hi-Storms), com capacidade de armazenamento prevista até o ano de 2045. Durante a primeira campanha de transferência (2021–2022), 15 Hi-Storms foram transferidos para a unidade. Já na fase inicial da segunda campanha, finalizada em agosto de 2024, mais 15 módulos foram adicionados. Com a contribuição de Angra 1, prevista entre 2025 e 2026, o total chegará a 48 módulos armazenados.
O espaço escolhido para a instalação da estrutura fica entre Angra 2 e Angra 3, dentro do sítio da central nuclear, em uma área que passou por avaliações geológicas, geotécnicas, meteorológicas e hidrológicas. A localização foi definida estrategicamente para facilitar as operações e garantir o cumprimento das exigências técnicas e ambientais dos órgãos reguladores.
A tecnologia utilizada, já adotada em países como os Estados Unidos, onde existem cerca de 90 instalações similares e é reconhecida pela alta segurança, confiabilidade e eficiência operacional. O sistema de armazenamento utiliza cânisteres de aço inoxidável, que confinam os elementos combustíveis usados com segurança, mantendo a subcriticalidade e permitindo a troca de calor com o meio externo. Além disso, esses recipientes são protegidos por cascos de aço carbono com blindagem radiológica e estrutura reforçada.
Construída pela empresa norte-americana Holtec, a UAS está sendo referência mundial na área, com atuação no setor desde 1986. A unidade também segue rigorosamente todas as normas internacionais de segurança nuclear e os critérios de licenciamento ambiental definidos por órgãos como a Cnen, Ibama, Inea e a Prefeitura de Angra dos Reis.
Com a operação permanente autorizada, a unidade reforça a infraestrutura nuclear brasileira e garante mais segurança e autonomia para a gestão de combustível irradiado, até que o país defina uma política definitiva para o reaproveitamento ou descarte desse material.
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Fonte: LinkedIn










