01 09 PEN Foto NoticiaA Diamante Energia e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) assinaram, em junho, um contrato para o desenvolvimento de microrreatores nucleares (MRN) de 5 MW, compactados em contêineres selados de 40 pés. O acordo foi firmado em Brasília, na sede do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e prevê a realização de testes no Instituto de Energia Nuclear (IEN), no Rio de Janeiro, e na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte.

O projeto, inédito no país, tem como objetivo oferecer uma alternativa para geração distribuída de energia elétrica em microrredes, sobretudo em regiões remotas. Os MRNs poderão atender municípios com menos de 20 mil habitantes, que representam cerca de 68% das cidades brasileiras e aproximadamente 30 milhões de pessoas.

Além da Diamante Energia, que coordena a iniciativa, participam como coexecutoras as Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e a Terminus Pesquisa e Desenvolvimento em Energia, em parceria com nove instituições científicas e tecnológicas. Entre elas, destacam-se a UFC, UFABC, UFMG, UFSC, a Diretoria de Desenvolvimento Nuclear da Marinha (DDNM), a Amazul, o IPEN, o IEN e o Inatel.

O desenvolvimento seguirá a metodologia tradicional de projetos nucleares, incluindo a construção de bancadas experimentais e da Unidade Crítica (UCri) — um microrreator de baixa potência de cerca de 100 watts, que servirá para validar modelos e medir parâmetros essenciais. Serão também conduzidos testes com heat pipes e trocadores de calor, além de estudos com novas ligas metálicas baseadas em urânio, nióbio e berílio.

A expectativa é que os primeiros protótipos estejam prontos em oito a dez anos, consolidando o Brasil como um dos pioneiros no desenvolvimento dessa tecnologia nuclear inovadora.

Fonte: g1.globo